Mercedes-benz GLE53 - “A nova era!”

Com a sua estreia mundial marcada para a edição do Salão de Genebra 19’, o novíssimo GLE 53 AMG, trouxe consigo alguma discussão.

E porque os tempos são mesmo de mudança, no sector automóvel cada vez mais as marcas procuram estar à frente na vanguarda da tecnologia e a Mercedes não é exceção.

Como acontece nos outros modelos 53, temos um motor 3.0L turbo de seis cilindros em linha combinado com um motor elétrico, denominado por EQ Boost, acoplado entre o motor de combustão e a caixa de 9 velocidades, garantindo assim potência em qualquer regime e aproximando a experiência de condução ao nível de qualquer 63.

Com uma potência de uns estonteantes 435 Cv e um binário de 520 Nm, proveniente do motor de combustão, e com a ajuda adicional de mais 22 Cv e 250 Nm do EQ Boost, este novo SUV é capaz de ir dos 0 aos 100 Km/h em apenas 5.3s, um tempo impressionante para este colossal

monstro da estrada.

Porém existe uma novidade no novo sistema EQ Boost. O mesmo passa a fornecer uma corrente de 48 V, e para quem não sabe apresenta uma vantagem enorme.

Com este novo sistema, otimiza-se a capacidade da bateria, possibilitando um maior fornecimento de energia elétrica e a grande vantagem a reter: a mesma potência requer apenas um quarto de corrente em comparação com o sistema convencional, resultando em cabos mais finos e por sua vez mais leves, que contribuem para um menor peso do veiculo resultando numa poupança de combustível.

E, como não podia deixar de ser, também este GLE está preparado para as mais difíceis condições que lhe possam colocar à frente. Possuindo agora 7 modos de condução: "Sport+","Sport","Comfort","Individual","Slippery","Trail" e "Sand", sendo os últimos dois específicos deste segmento, para uso Off Road e que regulam a altura de suspensão, resposta do acelerador, comportamento do sistema 4MATIC+ e mais alguns fatores para que este novo GLE nunca nos deixe ficar mal qualquer que seja a situação em que nos encontramos.

Deixando agora os dados técnicos e voltando à principal razão desta review.

A principal controvérsia deste modelo é a escolha da grelha para esta nova versão. Neste novo modelo, está presente a grelha “Panamericana” que até ao momento estava apenas destinada às versões 63.

É fácil de compreender o porquê de algumas pessoas ficarem revoltadas com esta escolha, mas temos que admitir que fica absolutamente radiante nesta frente e para ajudar a converter os mais conservadores o duplo anel à volta da estrela deixa-nos sem palavras.

É quase uma missão impossível não reparar neste monstruoso GLE 53 AMG, onde mais uma vez está presente o novo sistema de escape aplicado não só nas versões 53, mas também no novo A45 AMG, que terá a sua apresentação para breve, e que ao contrário do que muitos esperavam não marcou presença no Salão de Genebra.

E porque nem tudo é mau... ficámos muito impressionados com o novo habitáculo, não ficámos muito convencidos quando saíram as fotos do interior do mesmo, mas depois de nos sentarmos e tirarmos um minuto para apreciar o conjunto na sua totalidade tivemos que nos render a este novo cockpit.

A sensação de tranquilidade e organização transmitida é, como seria de esperar de um segmento deste nível.

Tal como acontece no classe A, aqui não nos sentimos intimidados pela quantidade de botões ou pelo enorme display que nos é aqui colocado em posição central, tudo está no seu lugar e à devida distancia do seu utilizador.

Simples, elegante e espaçoso é a melhor maneira para descrever o habitáculo escolhido para este novo GLE.

O novo GLE 53 AMG vem com o volante dinâmico da AMG e para nossa grande felicidade vem também com os novos comandos, que adorámos experimentar, e a que AMG denomina de “Dynamic Switches”, que permitem não só alterar o modo de condução como também selecionar entre diversos atalhos sem necessidade de tirar as mãos do volante para chegar à consola central.

Agora também está presente o novo sistema MBUX que foi apresentado no classe A, no ano passado, porém aqui apresenta funções novas, como reconhecimento de movimentos e gestos sem necessidade de usar o ecrã táctil de 31.2 cm. Uma das novas funções, graças a este sistema, é o carro ser capaz de fazer a distinção de vozes e apenas focar-se na voz do condutor, evitando assim falsos comandos captados pelas conversas dos diferentes passageiros, entre muitas outras novidades. Como não podia deixar de ser, e como se trata de uma versão AMG, este GLE 53 vem com os novos modos disponíveis através da implementação do MBUX: -O AMG Track Pace, que permite gravar Drag races, caso alguém duvide das capacidades do nosso amigo, assim como diversos dados de telemetria dentro e fora de pista; -O AMG Perfomance, sendo aqui possível configurar ao pormenor todos os aspetos do carro, desde a agressividade de cada passagem de caixa até ao som do escape, pormenor que aceitámos com muito agrado e que ainda não se encontrava até agora em nenhuma versão 53 e levando-nos a crer que existirá nos próximos facelifts.

O novo quadrante digital possibilita a seleção de 4 tipos de estilo visuais: "Classic", "Sport", "Supersport" e "Discreet” e como aconteceu na review do C43 , o nosso preferido continua a ser o “Supersport” porém aqui apresenta novas funções especificas deste modelo, como por exemplo: informações sobre a suspensão, desde a sua altura até ao modo como está atuar perante os buracos da estrada, inclinação do veiculo, distribuição de potência para os diferentes eixos, etc.

Esta versão desportiva concebida pela AMG não deixa passar em claro qual é o objetivo da marca alemã para os próximos anos. Aproximando não só estes modelos a que chamam de nível de entrada da AMG aos tão bem conhecidos AMG de coração puro como também conseguem fazer o mesmo com as novas versões híbridas, aproximando assim toda esta era da eletrificação.

Ficamos agora à espera para podermos testar todas as suas capacidades, dentro e fora de estrada. Mercedes-Benz Portugal Konzept Automobile

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